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Contribuindo para as metas de desenvolvimento sustentável

24 مارس 2016
بقلم

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A missão da ICANN é manter uma Internet estável, segura e interoperável, com um escopo restrito de coordenar os identificadores exclusivos da Internet. O trabalho que fazemos na camada lógica da Internet resulta em benefícios socioeconômicos para o mundo todo.

Tenho orgulho de fazer parte da missão da ICANN. Tendo nascido em uma região em desenvolvimento, na Ásia-Pacífico, esse trabalho tem um significado ainda maior para mim.

A Internet mudou as nossas vidas. Isso é um fato. Mas como o nosso trabalho ajudará a colocar outras bilhões de pessoas on-line? E como a Internet dará às pessoas os meios para reduzir a pobreza, lutar contra a desigualdade e solucionar problemas globais, como, por exemplo, a mudança climática?

Encontro do Grupo dos 77 e as metas de desenvolvimento sustentável

Falei sobre esses tópicos no encontro recente do Grupo dos 77 para especialistas em TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e desenvolvimento sustentável para a Cooperação Sul-Sul, realizado em Bangkok, na Tailândia, nos dias 1 e 2 de março. O representante da Tailândia é o atual presidente do Grupo dos 77, e tive a honra de ser convidado por um dos anfitriões do encontro, a ETDA (Electronic Transactions Development Agency, Agência de Desenvolvimento de Transações Eletrônicas) da Tailândia.

O tema desse encontro foi o uso da TIC para atingir as metas de desenvolvimento sustentável. Para dar um pouco de referência histórica, em setembro de 2015, uma Cúpula histórica da ONU explorou algumas maneiras para dar fim à pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todos. O resultado desse encontro foi a adoção das 17 metas para o desenvolvimento sustentável.

Essas metas têm alvos específicos para os próximos 15 anos. Para cumprir essas metas, todos nós precisamos fazer a nossa parte; governos, o setor privado, a sociedade civil, você e eu.

Então, o que compartilhei com os mais de 100 representantes dos países do Grupo dos 77?

Barreiras que podem atrapalhar

O relatório de e-friction do Boston Consulting Group destaca quatro categorias de barreiras (ou "e-friction") que impedem as pessoas de aproveitas todos os benefícios da Internet. Essas quatro áreas são: infraestrutura, individual, indústria e informações.

O relatório recomenda que os responsáveis pela elaboração de políticas tomem medidas para reduzir a e-friction em seus países.

As quatro categorias de e-friction estão inter-relacionadas e exigem soluções abrangentes. Os residentes de um país podem ter acesso à Internet por dispositivos móveis (infraestrutura), mas as empresas locais de pequeno e médio portes só conseguem fazer negócios on-line quando:

  • A força-tarefa tiver conhecimento em TIC (indústria).
  • As pessoas confiarem nos pagamentos on-line ou nos serviços eletrônicos dos governos (individual)
  • Houver conteúdo local suficiente para atrair as pessoas on-line (informações).

O idioma como uma barreira adicional

Eu ainda acrescentaria o idioma como um fator que contribui para a e-friction. O idioma é um elemento que trespassa todas as categorias. Se eu não conseguir encontrar e usar conteúdo no meu próprio idioma, então, não estarei aproveitando todos os benefícios da Internet.

O idioma é ainda mais importante quando percebemos que os próximos bilhões de pessoas que terão acesso on-line não serão falantes nativos do inglês. É possível que elas nem sequer falem inglês. Como dizia meu próprio pai, que não fala bem o inglês: "A Internet é uma ferramenta muito boa para informações, mas você precisa saber soletrar".

Enquanto pensamos em dar acesso à Internet e usá-la para alcançar metas de desenvolvimento sustentável, precisamos remover as barreiras dos idiomas.

Expansão do suporte para idiomas

Na ICANN, o programa de IDNs (Internationalized Domain Names, Nomes de Domínio Internacionalizados) permite que escritas locais sejam usadas em TLDs (Top-Level Domains, Domínios de Primeiro Nível). Quando estiver totalmente implementado, comunidades inteiras terão acesso on-line usando nomes de domínio em escritas locais. As comunidades, principalmente de países em desenvolvimento, precisarão trabalhar juntas para tornar isso uma realidade.

Esse trabalho está gerando frutos:

  • Os TLDs com código de país (ccTLDs) e os TLDs genéricos (gTLDs) forma delegados.
  • Um mecanismo aberto e transparente, orientado pela comunidade, está ajudando nesse processo. (Saiba mais sobre as Regras para a Geração de Etiquetas para a Zona Raiz — introdução, colaboração necessária, desafios enfrentados e progresso atual).
  • Linguistas, as pessoas responsáveis pela elaboração de políticas e especialistas técnicos (muitos deles de países em desenvolvimento) estão estabelecendo as regras para formar domínios de primeiro nível válidos e suas etiquetas variantes em uma determinada escrita ou sistema de escrita.

Na Ásia, há um trabalho em andamento para escritas como tailandês, khmer e lao. As comunidades também precisarão trabalhar entre as escritas e aparar os problemas entre escritas, como o uso de caracteres han nas escritas em japonês, coreano e chinês.

Estou contente que a ICANN esteja ajudando a alcançar as metas de desenvolvimento sustentável da ONU. O trabalho técnico feito na ICANN, junto com as diversas comunidades no mundo todo, está ajudando a eliminar as barreiras linguísticas na Internet.

Gostaria de agradecer à ETDA da Tailândia (o representante da Tailândia no Comitê Consultivo para Assuntos Governamentais da ICANN) por essa oportunidade. Espero continuar contribuindo para o diálogo do Grupo dos 77.

Authors

Jia-Rong Low

Jia-Rong Low

VP, Stakeholder Engagement & Managing Director - Asia Pacific